Chegou no dia 02 de maio no Catálogo da Prime Video o filme "Uma ideia de você" estrelado por Anne Hathaway (O Diabo Veste Prada) e Nicholas Galitzine (Continência ao Amor) e dirigido por Michael Showalter, baseado no livro de mesmo nome, lançado no Brasil pela Editora Globo.
Fui vendo esse filme esperando algo mais leve e descontraído, esperando uma comédia romântica daquelas de te fazer chorar de rir, e vi algo tocante e até, bem profundo.
"Solène (Anne), uma mãe solteira de 40 anos, embarca em um romance inesperado com Hayes Campbell (Nicholas), o vocalista de 24 anos da August Moon, a boy band mais popular do planeta."
O filme pega bem de leve, segundo a autora Robinne Lee, inspiração com um caso real do cantor Harry Styles e sua ex-namorada Olivia Wilde, que dirigiu recentemente o filme "Não se preocupe, querida", mas não chega a ser uma fanfic, como muitos imaginam, e até divulgam, irritando a autora.
Mas voltando ao filme, tudo acontece bem por acidente, quando a Solène tem que levar a filha num evento, onde que também acidentalmente, entra numa cabine que era própria do cantor da Boyband. Tudo bonito, bem romântico, até pelo detalhe da idade dos dois. No filme, ele tem 24 e ela, 40. E desde então, ele se apaixona, e tenta ela ficar à vontade em seu trailer, até mesmo vai em seu Ateliê de arte, devido à sua paixão.
O filme, bem divertido e legal, toca bem firme no tema de diferença de idade. Ela, quebrada devido ao seu casamento anterior, e ele, com seus problemas de confiança, temem um relacionamento, somando a idade aos seus próprios contextos: ela como mãe, e ele, como figura pública e bem famosa mundialmente.
A química entre o casal é inegável. Eles mostram bem que se amam e se desejam, bem como cada momento de tensão retratado pelos dois. Em uma determinada cena, quando estão se conhecendo, é nítido que ele quer estar com ela e usa de seus recursos financeiros para mantê-la por perto, não como um Tony Stark da vida, mas como alguém desesperado para ser levado a sério por quem ele deseja. Eu já esperava uma boa atuação da Hathaway, mas do Nicolas não. E todo o relacionamento da Solène com a filha foi muito bem construído, apresentando bem que elas são próximas, mesmo com a filha enfrentando seus dilemas.
Como alguém ansioso, eu não dei uma risada, apenas torcendo para o casal e revoltado com o retrato da nossa sociedade: uma sociedade que julga, e julga gratuitamente. Seja com os ataques da internet, ou com o ex-marido se metendo na vida alheia, a sociedade se manifesta de diversas formas sobre o como ela é cruel, querendo impor regras feitas das vozes da cabeça, seja por inveja ou por preconceito.
Minha crítica é que o filme parece mais longo do que ele precisa, sendo cansativo em alguns momentos, se não fosse o carisma dos atores principais, que salva muito bem. E seu final é ótimo, onde você termina com esperança na humanidade, com o coração quentinho, algo clássico de comédias românticas, ainda que o filme todo seja bem "pé no chão".
Veria o filme novamente? Sim. Gostei bastante da história e já pretendo, em algum momento, ler o livro.
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