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Mais uma vez a Marvel conseguiu!

Foto do escritor: Carlos PedrosoCarlos Pedroso

Fala, meu povo! Não é de hoje que os "grandes eventos" da Marvel têm se mostrado cada vez mais vazios e oportunistas. "Blood Hunt" (ou "Cansada Sangrenta", como bem poderia ser chamado), segue essa tendência sem pudor. Um evento que ninguém pediu, recheado de clichês e reviravoltas forçadas, com uma mistura de "que final foi esse?" e "será que alguém realmente revisou esse roteiro?".


Vamos lá, o quadrinho até começa bem. A ameaça dos vampiros parece realmente imponente, e a premissa de uma Terra mergulhada na escuridão traz potencial. Mas como sempre, a Marvel não consegue sustentar sua própria narrativa. O desenvolvimento do evento é uma colcha de retalhos de ideias recicladas, reviravoltas previsíveis e aquele velho problema: a necessidade compulsiva de criar a "nova grande ameaça" que, adivinhem, nunca é realmente resolvida. Tudo parece obedecer a um checklist corporativo para alimentar o hype dos próximos filmes, em vez de entregar uma história coesa e impactante.


O grande problema aqui é a estrutura narrativa. A cada poucos capítulos, uma nova ameaça surge sem que a anterior tenha sido resolvida. Blade se revela o líder dos vampiros? Não importa, porque logo ele está possuído por Varnae! O Doutor Estranho virou vampiro? Esquece, agora a questão é quem será o novo Mago Supremo! O Templo da Primeira Blasfêmia surge? Beleza, mas logo já temos Khonshu e os Punhos da Lua se metendo no meio. Parece que os roteiristas têm pavor de encerrar um arco antes de jogar outro na mesa.

Outro ponto irritante é a artificialidade do perigo. A história tenta nos convencer de que os heróis estão contra a parede, mas sabemos que tudo será resolvido com um grande evento cósmico ou uma solução mágica qualquer. A Marvel já nem se preocupa mais em fingir que existe real consequência para seus personagens. A escuridão cobre o mundo inteiro? Sem problemas, Doutor Destino já tem um plano pronto! Os heróis foram massacrados? Tranquilo, sempre há um feitiço conveniente ou uma ressurreição improvisada.


O mais triste é que a Marvel tem potencial para entregar boas histórias de terror e ação, mas prefere se afundar em seu próprio ciclo vicioso de hype vazio e promessas que nunca se cumprem. No final, "Blood Hunt" não passa de mais um evento esquecível, feito para vender capas variantes e criar pontes com o universo cinematográfico. Se você esperava uma narrativa envolvente e bem amarrada, melhor procurar em outro lugar.


Nota: prevejo que, em poucos meses, ninguém mais vai lembrar desse evento. Mas não se preocupem: a próxima "maior ameaça de todos os tempos" já está a caminho. E a Marvel segue jogando para o alto a chance de contar boas histórias.


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