As séries da DC da década de 2010 podem ser muito inconstantes, mas ela alcançou seu público e fãs. Porém, dentre tantas produções, uma se sobressai por não agradar ninguém e mesmo assim continuar existindo.
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A quarta temporada de Titãs finalmente deixou o universo do morcego de lado para focar em outros personagens, neste caso voltamos para as tramas sobrenaturais com o Irmão Sangue e o culto ao Trigon.
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Mas dando uma passada em outras temáticas como o "pai" empresário do Conner Kent (que poderia ser uma trama interessante, mas serviu apenas de pretexto para outra) e a ampliação dos poderes do Mutano que passou a se comunicar com a essência da vida (ao menos de forma sugestiva).
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Pensando nesse retorno ao Trigon, não entendo o motivo dos produtores de Titãs insistirem na temática do horror, quando ele acaba sendo trabalhado apenas pela estética e superficial. Ainda assim, talvez seja o único elemento que os produtores saibam utilizar, pois é comum tirar poderes e capacidades dos personagens para tornar o perigo mais fácil para os roteiristas trabalharem.
E em meio a tantas buscas por facilidades, as resoluções são sempre preguiçosas, o roteiro parece nunca saber o que fazer com os poderes que aumentam e diminuem a todo momento, além de uma irritante (mais recorrente) decisão de deixar os personagens numa montanha-russa emocional tão forçada que parece que eles tem múltiplas personalidades (todas mal atuadas).
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Não seria na última temporada que a série iria acertar, mas felizmente é perceptível alguma melhora no roteiro e atuação. De um lado, os atores já estão mais acostumados com os personagens, ainda que ninguém passe perto de ganhar qualquer prêmio, há mais naturalidade.
Por outro, o roteiro parece mais solto, de forma a mitigar as coincidências, colocando nelas ao menos uma justificativa plausível. Diferente do que ocorria nos anos passados, o encadeamento de acontecimentos soa mais natural, ainda que muitas vezes atropelado e se valendo de coincidências forçadas.
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Temporada 5,5/10
Série 5,5/10
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