Recentemente Junji Ito, um dos grandes nomes do terror japonês nos quadrinhos, foi redescoberto no Brasil e sua extensa obra de contos macabros passou a ser publicada por inúmeras editoras.
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Para coroar esse fenômeno, tivemos uma feliz coincidência com o lançamento pela Netflix da série animada antológica Junji Ito - Histórias Macabras. Nele temos um vislumbre da mente doentia do autor que cria um horror que foge das convenções ocidentais e orientais, mas talvez por isso não é de fácil assimilação.
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Nesta série tivemos vinte contos adaptados em 12 episódios que transitam entre o surreal e o bizarro, com horrores não preocupados em assustar, mas provocar incômodo e agonia. Assim, cada história vai impactar o espectador de uma forma, mas já adianto que a melhor forma de aproveitá-los é de forma homeopática.
Dentre tantos, eu recomendo os episódios 3 e 7, que trazem as histórias Balões Pendurados, sobre um fenômeno estranho de cabeças gigantes flutuantes e suicídios; e Cidade dos Túmulos, sobre uma povoado onde todos que morrem se transformam em túmulos de pedra e não podem ser removidos até a transformação completa.
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Outras duas histórias estão nos episódios 5 e 8, mas ambas dividem tempo com outros contos. O Cabelo Comprido no Sótão, sobre uma garota que o cabelo recusa a ser cortado; e Camadas de Medo que apresenta uma maldição ancestral que transforma as pessoas em uma espécie de acumulados de camadas como se fossem árvores.
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Mas os pequenos resumos destes contos que mencionei apesar de estranhos, não fazem jus ao que realmente se mostra em tela. No entanto, a temporada é bem inconstante na qualidade e, pelo menos estes apresentam um desenvolvimento mais coeso e não exageram no histerismo do qual alguns outros se valem.
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5,5/10
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Disponível: #netflix
Eu ainda não li os mangás para poder fazer uma comparação positiva ou negativa, mas a série é uma amostra interessante, especialmente esses episódios que vc citou... tbm foram os que eu mais gostei.