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Vidraças quebradas com estilo


Verdadeira e rebelde, a adolescente Harleen Quinzel tem praticamente só a roupa do corpo e algumas moedas quando é enviada para viver em Gotham City. Harleen já encarou diversas situações complicadas quando mais jovem, mas o jogo virou quando a drag mais legal de Gotham, Mama, a acolheu.


Parece que as coisas finalmente vão dar certo e ela encontrou um lugar para descobrir seu verdadeiro eu ao lado de Hera, a melhor amiga. Mas aí, claro, tudo se complica quando o cabaret de Mama se torna o próximo alvo em uma onda de gentrificação que está afetando a vizinhança. 


Lançado em 2020, em 198 páginas, Arlequina: Quebrando Vidraças, pela Editora Panini Comics, é uma graphic novel voltada para o público teen, mas confesso que eu gostei bastante da leitura.


Existe os estereótipos adolescentes que já esperamos? Sim, mas a construção da protagonista é convincente, assim como o elenco de apoio. O que poderia ter sido melhor desenvolvido é o “Coringa” da vez, faltou um pouco de tempero nele.


Uma sacada muito legal é a personagem morando com uma drag queen e seus colegas, o que faz sentido com a personalidade “única” da Harleen, aqui temos que suspender a descrença: Como uma menor de idade acaba indo morar com um senhor desconhecido em uma cidade como Gotham City?!


Mas tirando isso, vale muito a pena ler, principalmente, por conta do texto da Mariko Tamaki, já conhecia ela pelo quadrinho, Laura Dean Vive Terminando Comigo, incrível e fica a recomendação. Outro ponto muito positivo é a arte, além de belas elas transmitem o clima da história com cores frias e quentes que se intercalam entre si e combinou muito com a dualidade que a trama aborda.


Vale muito a pena dar uma chance para essa versão da Harleen!

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