Em Come to Hand, mangá lançado pela editora NewPop em 2024, acompanhamos a construção do romance entre o professor Miharu e o tatuados Arashi retratado de uma forma tão estranhamente comum que até surpreende ao ler.
Não espere protagonistas com vários traumas passados que interferem no futuro do relacionamento ou mudanças abruptas no roteiro com a entrada de terceiros. Aqui tudo é tranquilo, como de fato relacionamentos adultos e maduros deveriam ser, mas infelizmente, nós seres humanos complicamos tudo de maneiras bem questionáveis.
Aqui os protagonistas se relacionam de maneira bem natural, a única coisa que é meio conveniente é Miharu ter desmaiado bem na frente do estúdio de tatuagem de Arashi. No mais, tudo é muito comum entre eles, como não ficar trocando mensagens o dia toda, pois eles trabalham e não tem tanto tempo sobrando para isso e, o melhor, ninguém fica surtando por isso e está tudo bem.
Eles não ficam se encontrando todos os dias e passam o dia inteiro juntos, pois eles trabalham e possuem outras coisas para fazerem e está tudo bem, quando acontece de se encontrarem eles valorizam mais esses momentos.
O ritmo pode até parecer lento, mas nos dias de hoje que tudo é tão rápido, não seria esse o tempo necessário para conduzir uma relação? Existem até dois momentos que poderiam render algum drama, mas por serem maduros, ambos conseguem comunicar suas inseguranças e permitir que o outro exponha seus sentimentos e ambos consigam conversar a respeito deles, como adultos que são.
Por se tratar de um mangá BL – romance entre dois homens, Come to Hand vol.1 é para maiores de 18 anos por conter uma cena de sexo, que ocorre de maneira natural. Come to Hand é uma bela porta de entrada para quem quer conhecer mangás da demografia BL.
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