Puta que pariu! Mais arte pra quê?

Ah, a maldita arte, um daqueles negócios que a humanidade insiste em cagar por aí desde sempre. A gente cria essas coisas e nem sabe direito por que faz isso. Uns dizem que é pelo prazer, outros juram que é importante historicamente, e tem até quem ache que a arte é uma espécie de eternidade. Mas, quem se importa?

A real é que a gente poderia muito bem viver sem toda essa firula chamada arte. Talvez fosse até uma boa ideia se livrar de qualquer manifestação de criatividade de uma vez por todas. Por que, caralho, como Platão já dizia lá atrás, a arte é uma ameaça!

Hoje em dia, a gente tá de boa com esses algoritmos que nos servem exatamente o que queremos ver e ouvir, sem erro nenhum, porque essas porras nos conhecem melhor do que nossas próprias mães, especialmente nossos gostos meio depravados. E a arte, nesse cenário, só atrapalha, fica fazendo um monte de pergunta chata e desconfortável. E quem precisa de perguntas que mexem com a nossa zona de conforto? A gente tá na era das respostas fáceis, porra!

O que importa não é a verdade, mas a ilusão que a gente inventa. Até pode manter umas obras de arte enfeitando as paredes, prateleiras e estantes, desde que sejam bonitinhas e não fiquem nos enchendo o saco. Aquelas que concordam com a nossa opinião, essas, sim, merecem alguma atenção.

A pegada da nossa sociedade hoje é a busca incessante por uma dose de orgasmo, não tem espaço para nada que tire a gente desse estado de êxtase constante. Quem ousar discordar disso que se foda, desejo o cancelamento nas redes ou, nos casos mais extremos, o do cpf. (Sim, sempre temos boas doses de hostilidade para servir aos que não pensem como nós).

Talvez, lá atrás, a gente precisasse da arte para fugir do mundo. Mas agora a gente tem outros jeitos mais eficazes de fugir, não só do mundo, mas de nós mesmos. A vida continua uma merda, e a arte, bem, parece que também não tá dando conta do recado.

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