Publicado originalmente pela editora Caliber Comics em 1989 e aqui no Brasil pela editora Darkside.
É mais uma noite sombria e úmida como todas as outras, parece até uma noite de sorte para Jones que está finalizando seu roubo até que é surpreendido por um ser fantasmagórico, de pele branca e de rosto pintado.
O ser misterioso deixa um recado com Jones para seus companheiros, que diz que o Corvo irá atrás de todos eles até que não sobre nenhum.
Então vamos acompanhar a jornada pós morte de vingança de Eric, que não irá descansar até que pegue todos que mataram ele e sua noiva Shelly.
A história é densa e profunda, onde é contada de uma forma poética em que sentimos o impacto nas palavras de Eric. Conseguimos sentir todo o luto, o ódio e a melancolia que o protagonista está passando, apenas com a dramaticidade de descrição de seus sentimentos.
A arte combina plenamente com a atmosfera gótica e melancólica que a história passa, onde o artista trabalha muito bem o preto e branco e variando seu estilo de arte onde no presente é algo mais denso e cheio de hachuras e nos flashbacks é uma arte usando o grafite com sombreados e traços mais delicados.
Foi escrita e desenhada por James O’Barr, como forma de exorcizar a dor que foi a perde de sua noiva por um acidente de carro, causado por um motorista bêbado.
Antes de ler o quadrinho assisti ao filme, já me preparando para o clima do quadrinho e vejo que o filme soube adaptar muito bem a obra original, mesmo tendo muito reflexo de sua época de lançamento, mas ainda assim com muita fidelidade mostrando que o filme envelheceu muito bem para os dias de hoje.
Ler o Corvo foi uma experiência única, onde consegui me conectar muito bem com a trama e fazia tempo que um quadrinho me passava tanto sentimento. Confesso que não esperava muita coisa do quadrinho e com a leitura foi uma ótima surpresa.
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