Em outro cenário e novas criaturas fantásticas do folclore brasileiro Cidade Invisível tem mais personalidade, mas ainda não convence.
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A segunda temporada de Cidade Invisível mudou de base, saindo das florestas da Tijuca para o Pará em meio a uma disputa pelas lendárias terras de Marangatu, um local lotado de ouro e do qual ninguém consegue entrar, apenas uma garota, a filha de Eric.
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Assim, depois de um primeiro episódio com a filha do Eric procurando o pai ao lado da Cuca, passamos todo o resto dos episódios num cenário inverso intercalando pequenas missões que não chegam a empolgar.
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Levar o segundo ano para a região amazônica trouxe novas possibilidades de mitos, lendas e temáticas surgiram, como a inserção da bruxa Matita no campo sobrenatural e os garimpos ou conflitos por território de posseiros invasores e indígenas no background político. Assim como trouxe alguma identidade para o cenário que na primeira temporada soava genérico.
A série assumiu o tempo real entre temporadas transportando para a narrativa que tinha terminado com o suposto sacrifício do guarda florestal. E o uso dos poderes agora não é mais segredo, ainda assim, o pouco orçamento para os efeitos especiais exigiu a criação de alternativas que tendem a esconder o fantástico, ou mostrando apenas com truques especiais.
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Mas tais estratégias não são problemáticas, o que atrapalha é a falta de uma direção mais atenta e um elenco mais natural que permita que nos importemos com os perigos que eles se colocam. O ritmo também não contribui e parece que mesmo que tivesse o que apresentar, tudo fica superficial, e para fazer da forma como foi, seria mais fácil fechar apenas com um filme.
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E se o cenário ganhou personalidade, o mesmo não podemos dizer da história que tem algumas boas ideias, mas que não foram bem trabalhadas, deixaram a série sem alma.
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Temporada 5/10
Série 6/10
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