Boy Dodói, é uma coletânea com as melhores (ou seriam piores?) histórias de Boys tóxicos, com casos mais que verídicos, enviados por mulheres reais. O livro foi idealizado e editado por Bebel Abreu , Carol Ito , e Helô D'Angelo .
Contextualizando
Mas, o que seria um Boy dodói? Quem são? Onde vivem? E a vida de quem eles tentam estragar no seu dia a dia? Veja aqui! Os boys dodóis, nada mais são do que homens de comportamento tóxico, que deveriam ter feito terapia no passado, para evitar que as pessoas que cruzaram seu caminho sofressem as consequências de suas manipulações e mau comportamento.
Com certeza você já teve o desprazer de cruzar com um desses, ou já passou algumas horas consolando algum amigo que tenha sofrido na mão desses rapazes. Isso, de fato, não é nada bom, mas se sempre podemos tirar algo bom das lições da vida, que sejam essas lições carregadas de bom humor e não apenas de traumas, para que assim todes que enviaram as histórias que vão compor este livro possam ter uma lembrança mais amena dessas situações que, infelizmente, sempre são os mesmos casos, em proporções cada vez piores.
Justamente para que essa coletânea possa ser agradável para todas que já cruzaram o caminho de um Boy dodói, e não causem gatilhos, histórias com violência física não vão ser contadas nessas páginas.
“Vale ressaltar que a coletânea não inclui episódios que envolvem transtornos psiquiátricos, pois a ideia não é alimentar psicofobia, e sim tirar o conforto de caras otários com ironia, leveza e arte. “Nosso objetivo é expor os comportamentos machistas para evitar que eles sejam repetidos por mais uma geração”, explica Bebel Abreu. “O humor e a ironia são ferramentas potentíssimas de comunicação e engajamento. E os quadrinhos - com sua soma de arte e texto - alcançam lugares interessantíssimos na mente humana.” (Editoras)
Como tudo começou
Pode parecer muita atenção para este tipo peculiar de homem, mas a intenção aqui não é dar palco para essas pessoas e esses comportamentos, mas sim abrir espaço para reflexão sobre o homem moderno, e como as pessoas ao seu redor são afetados por eles, sobretudo em relações amorosas.
Tudo teve início quando a editora Bebel Abreu em conversa com as quadrinistas Carol Ito e Helô D'Angelo , se queixou de não aguentar mais esses boys dodóis, e mais que imediatamente elas tiveram a ideia de ilustrar essas vivências em um livro, e uma chamada foi aberta, dando espaço para mulheres e pessoas não binárias de todo país contarem suas histórias, e pasmem! Mais de 300 histórias foram recebidas (eu deveria ter mandado as minhas!). Imagina filtrar tudo isso? Haja saúde mental para ler esses relatos e não sentir um tremendo dissabor. Afetou uma, afetou todas!
Comum sim, normal não
Como eu disse antes, com certeza você já ouviu algo similar a alguns desses casos, elas são histórias comuns, mas não normais, isso porque não podemos, de forma alguma, normalizar esse tipo de comportamento, que atravessa gerações, que mesmo com todos os anos de luta faz o patriarcado sair ganhando uns pontos extras, de forma bem desleal.
Artistas participantes
Artistas incríveis irão fazer parte desta coletânea, inclusive as idealizadoras do projeto terão sua arte dando as caras por aqui. Conheça quem são, e deixe de buscar por seus trabalhos além de Boy Dodói. ;)
Ale Kalko - @alekalko - Autora de “Vibrador mimimi” e “Matlosofia”
Bennê Oliveira - @leve.mente.insana - A mente por trás da página de tirinhas Leve Mente Insana
Bruna Maia - @dabrunamaia - Autora de “Parece que piorou” e “Manual da esposa pós-moderna”
Carol Ito - @carolito.hq - Quadrinista e jornalista, vencedora do Prêmio Vladmir Herzog 2022, na categoria “Arte”. Colunista de tiras na revista Tpm.
Cecilia Marins - @ceciliatangerina - Autora de “Parque das Luzes” e “Amarras”
Helô D’Angelo - @helodangeloarte - Quadrinista e ilustradora, já publicou quatro livros e venceu o Troféu HQMIX 2022, na categoria “Web tirinhas”
Kael Vitorelo - @vitorelo.art - Autore de “Kit gay” e “Judite”
Lila Cruz - @colorlilas - Quadrinista e ilustradora, autora de “Como ser adulta e outras (im)possibilidades”
Luiza Lemos - @luizalemosarte - Autora de “Transistorizada” e co-autora da série “Deb Dreamwalker”
Marilia Marz - @mariliamarz - Autora de “Indivisível” e chargista da Folha de S. Paulo
Tai - @ixe_tai - Artivista e autora de “Causos de visagens para crianças maluvidas
“Além de Helô e Carol, mais 9 artistas irão desenhar as histórias de “Boy Dodói”, adicionando ainda mais pontos de vista à publicação. Carol Ito avalia que a cena brasileira dos quadrinhos independentes já inclui várias mulheres e pessoas LGBTQIAPN+, graças aos anos de reivindicações e resistência, mas a igualdade de gênero ainda está longe de chegar às premiações, grandes eventos, cartunistas na imprensa e catálogos de editoras. “Existem muitos desafios para que uma mulher consiga se consolidar no mercado e a barreira do machismo é uma delas, pois não há falta de talento”, analisa.” (Editoras)
Boy Dodói vai ter 15,5x22cm, cerca de 100 páginas, e vai ser impresso em duas cores especiais. Além das 11 HQs teremos textos complementares e a minibio des artistas! Para apoiar a campanha clique AQUI.
E aí, o que achou dessa campanha? Imperdível, não? Eu amei, pode apostar que vocês verão resenha de Boy Dodói nas minhas redes em breve!
Até a próxima :*
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