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A canção do luto da Fênix

A Derradeira Canção da Fênix é uma história publicada em 2005, se passa logo no início da fase de Joss Whedon com os X-Men e saiu por aqui no mix X-Men Extra e foi republicada em Marvel Os Anos 2000 – Fênix.


A entidade conhecida como Fênix retorna a Terra, meio sem entender o que está acontecendo, pois ela geralmente está atrelada a mutante Jean Grey, morta no arco Planeta X por Magneto.


Enfraquecida e desorientada, agindo por instinto, a Fênix aparece no Instituto X buscando algo que ela não se recorda, mas quando ela está envolvida, a destruição a acompanha, assim os Shiars aparecem na Terra querendo aproveitar a oportunidade para destruí-la de uma vez por todas.


Mas no fim das contas, essa história é sobre luto. Aqui observamos um Scott em luto pela esposa, assim como um Wolverine também em luto pela Jean e, ambos, tendo que lidar com o sofrimento de ter que impedir a Fênix de acabar destruindo o mundo.


Assim como a própria Fênix tendo de lidar com a separação e resistência de Jean em se unir a ela novamente, a confusão própria do luto e a resistência de aceitar o fim, mesmo para uma entidade como a Fênix.


A Fênix aqui também está atrás de Scott para se reerguer, mas também por conta das memórias de Jean em busca do vínculo que existia antes, e o quanto nossa identidade é formada por vínculos?


Observamos isso na figura de Quentin Quire, que quer utilizar o poder da Fênix para reviver a mutante Sophie, a qual ele mesmo matou, acreditando que as coisas seriam como eram antes da morte da personagem, dificilmente, isso iria acontecer de fato.


Precisamos também levar em conta o luto da própria Jean Grey, que volta dos mortos por conta da Fênix, tendo que encarar o potencial destrutivo da entidade e também o fato que seu marido já está com outra pessoa e seguiu com a vida sem ela.


Encarar tudo isso é viver o luto. No fim, o luto é o preço que pagamos por amar alguém e nos últimos momentos Jean sente o amor dos seus colegas por ela o quanto ela mudou a vida de cada um deles, de alguma maneira. Seguir em frente não é esquecer, é se adaptar a ausência do outro e permanecer amando a vida.

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